Paula Duarte, uma jovem magra, baixa, com cabelos curtos, rebeldes e músculos torneados pela ioga, andava com passo apertado devido ao atraso de quase uma hora. Era uma tarde de quinta-feira e ela se demorara no almoço. Funcionária do Instituto Trevo, ela acompanha as visitas dos agentes de saúde às escolas do Rio de Janeiro para fazer a prevenção da dengue. Naquele dia, percorria os colégios da Gávea. Quando finalmente chegou ao endereço procurado, a escola Ciranda Cirandinha, o porteiro informou que as diretoras tinham acabado de sair para o almoço. Ela estranhou e verificou sua agenda. Constatou que havia se enganado de escola: teria que refazer o caminho que acabara de percorrer e chegaria ainda mais atrasada. Paula Duarte caiu na gargalhada. O porteiro deu um sorriso amarelo e fechou a porta.